eu ando pelo mundo divertindo gente
chorando ao telefone
e vendo doer a fome nos meninos que têm fome
pela janela do quarto
pela janela do carro
pela tela, pela janela
(quem é ela, quem é ela?)
eu vejo tudo enquadrado
remoto controle
eu ando pelo mundo
e os automóveis correm para quê?
as crianças correm para onde?
transito entre dois lados de um lado
eu gosto de opostos
exponho o meu modo, me mostro
eu canto pra quem?
quinta-feira, 29 de dezembro de 2005
terça-feira, 27 de dezembro de 2005
Eu - Perdido (II)
Quero me encontrar, mas não sei onde estou
Vem comigo procurar algum lugar mais calmo
Longe dessa confusão e dessa gente que não se respeita
Tenho quase certeza que eu não sou daqui
Vai ver que é assim mesmo e vai ser assim pra sempre
Vai ficando complicado e ao mesmo tempo diferente
Estou cansado de bater e ninguém abrir
Você me deixou sentindo tanto frio
Não sei mais o que dizer
Vem comigo procurar algum lugar mais calmo
Longe dessa confusão e dessa gente que não se respeita
Tenho quase certeza que eu não sou daqui
Vai ver que é assim mesmo e vai ser assim pra sempre
Vai ficando complicado e ao mesmo tempo diferente
Estou cansado de bater e ninguém abrir
Você me deixou sentindo tanto frio
Não sei mais o que dizer
Eu - Perdido (I)
Deixe-me ir, preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer, quero viver
Deixe-me ir preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Quando eu me encontrar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer, quero viver
Deixe-me ir preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Quando eu me encontrar
sábado, 24 de dezembro de 2005
Eu - bobo
Eu sou do povo, eu sou um zé ninguém
aqui embaixo as leis são diferentes.
ou...
Eu sou um ovo, eu sou um zé ninguém
aqui embaixo as leis são diferentes.
aqui embaixo as leis são diferentes.
ou...
Eu sou um ovo, eu sou um zé ninguém
aqui embaixo as leis são diferentes.
terça-feira, 20 de dezembro de 2005
Eu e minha tribo
Aqui nessa casa ninguém quer a sua boa educação.
Nos dias que tem comida, comemos comida com a mão.
E quando a polícia, a doença, a distância ou alguma discussão
Nos separam de um irmão,
Sentimos que nunca acaba de caber mais dor no coração.
Mas não choramos à toa,
Não choramos à toa.
Aqui nessa tribo ninguém quer a sua catequização.
Falamos a sua língua mas não entendemos seu sermão.
Nós rimos alto, bebemos e falamos palavrão,
Mas não sorrimos à toa.
Não sorrimos à toa.
Aqui nesse barco ninguém quer a sua orientação.
Não temos perspectiva, mas o vento nos dá a direção.
A vida que vai à deriva é a nossa condução.
Mas não seguimos à toa.
Não seguimos à toa.
Volte para o seu lar, Volte para lá!
Volte para o seu lar, Volte para lá!
Nos dias que tem comida, comemos comida com a mão.
E quando a polícia, a doença, a distância ou alguma discussão
Nos separam de um irmão,
Sentimos que nunca acaba de caber mais dor no coração.
Mas não choramos à toa,
Não choramos à toa.
Aqui nessa tribo ninguém quer a sua catequização.
Falamos a sua língua mas não entendemos seu sermão.
Nós rimos alto, bebemos e falamos palavrão,
Mas não sorrimos à toa.
Não sorrimos à toa.
Aqui nesse barco ninguém quer a sua orientação.
Não temos perspectiva, mas o vento nos dá a direção.
A vida que vai à deriva é a nossa condução.
Mas não seguimos à toa.
Não seguimos à toa.
Volte para o seu lar, Volte para lá!
Volte para o seu lar, Volte para lá!
quarta-feira, 14 de dezembro de 2005
Eu - Viril
De onde vem a calma daquele cara?
Ele não sabe ser melhor, viu?
Como não entende de ser valente
Ele não saber ser mais viril
Ele não sabe não, viu?
"Às vezes dá como um frio
É o mundo que anda hostil
O mundo todo é hostil"
De onde vem o jeito tão sem defeito
Que esse rapaz consegue fingir?
Olha esse sorriso tão indeciso
Tá se exibindo pra solidão
"Não vão embora daqui
Eu sou o que vocês são
Não solta da minha mão
Não solta da minha mão"
- Eu não vou mudar não,
eu vou ficar são
Mesmo se for só,
não vou ceder
- Deus vai dar aval sim,
o mal vai ter fim
E no final assim calado
eu sei que vou ser coroado rei de mim.
Ele não sabe ser melhor, viu?
Como não entende de ser valente
Ele não saber ser mais viril
Ele não sabe não, viu?
"Às vezes dá como um frio
É o mundo que anda hostil
O mundo todo é hostil"
De onde vem o jeito tão sem defeito
Que esse rapaz consegue fingir?
Olha esse sorriso tão indeciso
Tá se exibindo pra solidão
"Não vão embora daqui
Eu sou o que vocês são
Não solta da minha mão
Não solta da minha mão"
- Eu não vou mudar não,
eu vou ficar são
Mesmo se for só,
não vou ceder
- Deus vai dar aval sim,
o mal vai ter fim
E no final assim calado
eu sei que vou ser coroado rei de mim.
sábado, 10 de dezembro de 2005
Eu - Valente
Não, ele não vai mais dobrar.
Pode até se acostumar, ele vai viver sozinho
Desaprendeu a dividir,
Foi escolher o mal-me-quer,
Entre o amor de uma mulher e as certezas do caminho,
Ele não pôde se entregar e agora vai ter de pagar com o coração,
Olha lá, ele não é feliz,
Sempre diz que é do tipo cara valente,
Mas veja só, a gente sabe que esse humor é coisa de um rapaz
Que sem ter proteção foi se esconder atrás da cara de vilão,
Então não faz assim, rapaz, não bota esse cartaz que a gente não cai não
Ele não é nada, essa cara amarrada
É só um jeito de viver na pior,
Ele não é nada, essa cara amarrada
É só um jeito de viver nesse mundo de mágoa
Pode até se acostumar, ele vai viver sozinho
Desaprendeu a dividir,
Foi escolher o mal-me-quer,
Entre o amor de uma mulher e as certezas do caminho,
Ele não pôde se entregar e agora vai ter de pagar com o coração,
Olha lá, ele não é feliz,
Sempre diz que é do tipo cara valente,
Mas veja só, a gente sabe que esse humor é coisa de um rapaz
Que sem ter proteção foi se esconder atrás da cara de vilão,
Então não faz assim, rapaz, não bota esse cartaz que a gente não cai não
Ele não é nada, essa cara amarrada
É só um jeito de viver na pior,
Ele não é nada, essa cara amarrada
É só um jeito de viver nesse mundo de mágoa
domingo, 4 de dezembro de 2005
eu - divino
quase nunca vou a festa
não vejo televisão
não gosto de usar vermelho
não me banho com loção
não sei falar esperanto
conversa fiada eu não
quando durmo sonho sonho
quando acordo como pão
passo horas só passando
como o ferro que só passa
cachaça boa eu conheço
é pelo brilho da taça
o mundo anda sem guia
making of da desgraça
road movie sem governo
ave-maria sem graça
o carro que eu andava
parou pra trocar pneu
a existência é um carro
na oficina de deus
não vejo televisão
não gosto de usar vermelho
não me banho com loção
não sei falar esperanto
conversa fiada eu não
quando durmo sonho sonho
quando acordo como pão
passo horas só passando
como o ferro que só passa
cachaça boa eu conheço
é pelo brilho da taça
o mundo anda sem guia
making of da desgraça
road movie sem governo
ave-maria sem graça
o carro que eu andava
parou pra trocar pneu
a existência é um carro
na oficina de deus
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